quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Banquetes

 Terminei a pouco de ler o livro Banquetes. Não que ele fosse tão grande assim para eu o estar lendo desde o dia 18, mas não tive tempo de terminar antes por conta desse mundão de coisas que a gente tem que fazer no final de ano. Comprar presente, tomar umas cervas com os amigos (não que isto seja exclusivo do final de ano), participar de amigo oculto, namorar (não que isto seja exclusivo do final de ano também) e tantas outras coisas...
 O livro mostra a experiência dos autores em realizar cinco almoços em locais diversos da cidade. Locais públicos como um rua, diante de uma igreja onde acontecia (por acaso) um casamento; ou uma pracinha de bairro onde na esquina um pequeno abatedouro de galinha ajudou na produção; ou mesmo na calçada em frente a casa da autora, onde também por acaso estava se iniciando uma obra de reasfaltamento e também uma blitz da polícia em um grupo de jovens torcedores de futebol.
 Para mim, o mias impressionante do livro não foram os almoços em local público, e sim a interpretação desta dicotomia do publico/privado que é feita pelo uso tão expressivo dos espaços. Um simples almoço fez da calçada um lugar de todos, ao invés de um lugar de ninguém.
 Antes de mais nada o meu TFG não deixou de ser a Moradia Universitária para ser um grande e bem servido banquete. (risos)
Tive que voltar ao livro para extrair um trecho que representa um pouco isso.
"então, ao ocuparmos hoje esse espaço para realizamos os almoços, estaríamos retomando uma cidade do passado? Não, o que move é muito mais um desejo de tornar  vida melhor, dentro do que a cidade oferece, do que reviver ou tentar congelar um tempo que não existe mais" 

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