quarta-feira, 19 de maio de 2010

Inspiração II



Esta semana tive um tempo para pesquisar mais algumas coisa para complementar minha monografia. Voltei ao ArchDaily para uma busca mais específica. "Student House", "House" e "Social Housing" foram uns dos termos usados na pesquisa.

Me deparei com o Have a nice dayum projeto que saiu de um concurso para moradia universitária em Toronto, Canada. Um prédio enorme com 30 andares de um conceito simples e muito interessante, a "sala de estar vertical". A idéia foi diminuir ao máximo o espaço privado da "residencia" de cada estudante, deixando toda a área de convívio do lado de fora, permitindo situações incríveis de sociabilização. Tudo, tudo mesmo fica fora da célula dormitório. Na verdade achei um pouco exagerado esta célula ser tão pequena, mas era a proposta deles. Contudo ista célula diminuta liberou espaço no prédio para uma diversidade de coisa. Sala de música, sala de estudos, sala de jogos, piscina, sauna, lavanderia, café, sala de dança, espaços de estar, estudo, enfim, uma infinidade de espaços de convívio que fazem do prédio uma verdadeira sala de estar vertical. Mesmo!

Os quartos, ou células dormitório são divididas em 4 tipologias: o Single room (com apenas uma cama), Buddy room (com duas camas de solteiro), Couples room (com uma cama de casal) e o Apartment (com dois quartos e uma sala/cozinha). Cada um deles com quantidades diferentes, sendo 375, 75, 15 e 20 unidades respectivamente. Também achei um exagero a quantidade de quartos para apenas uma pessoa. Três vezes mais quartos "singles" que a soma dos outros. Enfim...

Estruturalmente o prédio apresentou  uma solução simples. Circulação vertical em concreto para o travamento da estrutura metálica que ficou inteiramente no perímetro do prédio, deixando livre o andar corrido.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Inspiração

No início de 2009, algo antes da realização do ENEA BH descobri o ArchDaily, um blog imperdível para qualquer estudante de arquitetura (e para arquitetos também).

Logo de cara me espantou a qualidade dos projetos e das fotos, as imagens, a apresentação impecável dos detalhes e pormenores (em alguns projetos). Enfim, ví projetos que não estava acostumado a ver nos sites de arquitetura que eu frequentava antes. Assinei o FEEDS do site e comecei a receber todas as atualizações que ocorriam. Quase uma dezena de projetos novos por dia. Uma ótima fonte de inspiração.  


No início qualquer análise rápida passa pelo impacto visual causado pela fachada, ou imagem qualquer que colocam no início da página. Por algum tempo esta era a referência que eu tinha ao "analisar" os projetos. Foi quando um certo projeto bem simples me chamou a atenção e resolvi ler o projeto, ler a página inteira do projeto. Algo difícil para o meu inglês. Enfim, o projeto.
Passei a ver os projetos de forma mais demorada, afinal era tudo inspiração, referência de projeto. Passei a gastar minutos, e até horas estudando e embasando meu TFG. 
Vou postar aqui, nas próximas semanas, alguns dos projetos que salvei para consulta futura, seja pelo conceito, pelo material, pela apresentação, ou por tudo junto mesmo.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Capítulo 8 - Referências

Outro dia um jovem estudante de São Paulo comentou no blog pedindo uma ajudinha... principalmente na questão da bibliografia que eu utilizei. Então resolvi ajuda-lo e estou postando meu capítulo 8 da minha monografia.
Então ai vai, e espero que ajude a mais gente que tiver precisando também.

COMPANS, R. (s.d.). Intervensões de Recuperação de Zonas Urbanas Centrais:
Experiencias nacionais e internacionais.

 
COORDENADORIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS DA UFOP. (2007). Projeto
Acadêmico para Moradia Estudantil
. Documento Interno. Ouro Preto.

DÉCIMO, T., & FADEL, E. (27 de julho de 2009). Estadão ponto edu. Vaga em moradia
estudantil é mais concorrida que vestibular
. Acesso em 2 de setembro de 2009, disponível
em Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos, vaga-em-moradia-estudantil-emais-
concorrida-que-vestibular,409274,0.shtm

GERENCIA DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO URBANO. (2006). Mapeamento Cultural.
Belo Horizonte.


LARANJO, T. H., & Soares, C. B. (2006). Moradia universitária: processo de socialização
e uso de drogas.
Rev Saúde Pública da Escola de Enfermagem da USP, (p. 8). São Paulo.

PONTES, M. M. (2006). Requalificação do Hipercentro de Belo Horizonte:
Possibilidades de inserção de uso residencial.
Belo Horizonte.

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. (2006). Centro Vivo. Documento Interno, (p. 48).
Belo Horizonte.

PREFEITURAL DE BELO HORIZONTE. (2007). Plano de Reabilitação do Hipercentro
de Belo Horizonte
. Belo Horizonte.

PROJETO HABITAR BELO HORIZONTE (HBH). (s.d.). Ocupando o Centro.

VILELA, N. M. (Setembro de 2006). Hipercentro de Belo Horizonte - Movimentos e
Transformações Espaciais Recentes.
Belo Horizonte.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Proficiência 2

Depois de muito empurra empurra consegui enfim fazer meu exame de proficiência na sexta, 05/03/10.Eu já havia feito o pedido a exatas uma semana na secretaria da faculdade... que desceu com o pedido para a coordenação, que autorizou e subiu com pedido e comunicou à professora para preparar minha prova. Ok.
Tive duas horas para fazer uma extensa prova de 12 questões abertas. Foram 4 páginas de resposta. Mas só não respondi uma delas. Afinal "o que é o N na sondagem do solo?" Só depois fui descobrir que era o numero de vezes que a estaca deveria ser açoitada para penetrar no solo uma certa distancia. Áaa, isto não estava no caderno que a Alessandra me emprestou para estudar, mas o resto estava e me ajudou bastante. Meu conhecimento de experiencia em estágio ajudou um bocado também. Sem falar que ter feito outras matérias de períodos mais avançados acabou me forçando a aprender o conteúdo de Técnicas de Construção.

Quando fiz a prova comentei com a professora Tisa que estava precisando do resultado com uma certa urgência, pois no caso de eu passar na prova poderia eliminar a disciplina de Técnicas e fazer a disciplina de Sistemas Estruturais, que é no mesmo horário. A professora entendeu e ja na segunda ela tinha o resultado. Poréeeem ela não podia me passar por conta de um documento que uma tal de Núbia, da secretaria, não passou para ela. Depois de uma semana de telefonemas e corridas na secretaria tive que recorrer à D. Neide, uma chefe da secretaria junto à reitoria (pelo que entendi). Foi dica da Dalva Rossi. O resultado saiu pelo telefone mesmo, pois quando o documento chegou ela já não estava mais na faculdade. Ela falou: "parabéns, você passou". Nisso eu deu um pulo de três metros. Pessoal me achou doido no corredor da escola.

O pior de tudo é que mesmo tendo passado no exame não vou poder, aliás, querer fazer meu TFG este semestre. Já perdi um mês de aula e umas 4 ou 5 orientações, o que me deixaria com um projeto de TFG zerado a menos de um mês para a banca intermediária... isto sem falar do EREA Rio no final de Abril.

Já mudei minha matrícula para Sistemas Estruturais, então este semestre faço também Urbanismo 5, e semestre que vem vai ser só o TFG.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Proficiência

É, não teve jeito mesmo. Esta grade horária resolveu não dar certo para mim. Não consegui convencer a coordenadora a tentar mudar uma das disciplinas de horário. Seria um pequeno luxo, já que com a mudança de coordenação no semestre passado nove professores ficaram desempregados (rsrs) e mudanças nos horários das disciplinas estavam sendo feitas para poder facilitar a vida de todo mundo. Exceto a minha. Se uma matéria mudasse de horário eu já estaria satisfeito. Nada Feito!

O jeito de tentar resolver isso é fazer o exame de proficiência e eliminar uma da disciplinas conflitantes. Se tudo der certo semestre que vem poderei me dedicar exclusivamente ao TFG, sem dever mais nada. O problema é que este exame é caro e eu deverei estudar o conteúdo inteiro em uma semana pra fazer uma prova que sabe Deus o quão difícil deve ser.

Desejo-me sorte!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Adiado


Fiz matricula na faculdade e ví que as matérias que estou devendo não poderão ser feitas junto com o TFG, o que a princípio adia a entrega em pelo menos 6 meses.

Fato é que depois de ficar 3 semestres sem fazer qualquer disciplina nas segundas-feiras algo ia mesmo ter que ser resolvido no futuro. Agora tenho duas matérias com o mesmo horário, e vou ter que deixar de fazer uma delas.
O que por um lado me deixa mais um semestre no curso, depois de já passados 14 deles, me retorna a oportunidade de fazer uma viajem de estudos . Oportunidade esta que eu deixei passar por 3 vezes.

Fato é que só resolverei isto tudo no início do semestre, como costumo fazer sempre.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Um banquete de TFG

No meu segundo post comentei sobre o banquete no TFG e coisa e tal. disse que meu tfg não seria um almoço. Mas n um é que alguém ja fez isso! E não foi no curso de gastronomia nem nutrição, nem nada parecido. Foi na FAU-USP.

Tava de bobeira na net pesquisando sobre TFG's na arquitetura... procurando por ideias malucas ousadas, e me deparei com um "banquete de TFG".

Vi aqui, e achei massa.

Se souberem de outros TFG's assim postem nos comentários aí.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Enquanto as aulas não voltam

Mandei a duas semanas minha monografia para que meu orientador lesse...

As férias de janeiro deveriam servir como um fôlego final antes do último semestre, e para pegar este ar resolvi ler um pouco mais. Uma literatura que pudesse me ajudar a concluir a ideia conceitual do projeto da moradia. Li o Banquetes logo de início, meio que por acaso, e esperando dicas de bibliografia comecei a ler esta semana o livro Espaços Colaterais, do Alexandre Campos, Carlos M. Teixeira, Renata Marquez e Wellinton Cançado.

Estou bem no início ainda, pois esta semana andei fazendo uns desenhos por aí... na folheada que dei aqui, pude ver o projeto Amnésias Topográficas, que foi uma intervenção que rolou a uns 10 anos aqui no Buritis. Lembro de ter visto a apresentação desse projeto em um Santo de Casa, que rolou na UFMG, quando o pessoal de Criciuma estava visitando a cidade... ou seria da Escola da Cidade?! sei lá.

Enquanto espero queria ler mais alguns livros. Faltam 20 dias pras aulas começarem.
Alguma sugestão?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Maizena no caldo1

Hoje estava revisando meus caderno de anotação e vi o nome de Lucien Kroll no meio das anotações de Técnicas Retrospectivas, o que me lembro que a Cláudia Mudado (prof. de técnicas) me indicou a pesquisar um prédio dela em algum lugar.. que ela não se lembrou na hora.

Lucien Kroll (1927) é um arquiteto belga que desenvolveu um processo completamente diferente de progettazione, que envolve uma pluralidade única das decisões do projeto.

 

Era a Moradia Estudantil da Faculdade de Medicina da Universidade de Louvain (Bruxelas, Bélgica). O prédio é fascinante não apenas pela sua irritante beleza, ou cores, ou nem mesmo pela modulação trabalhada com diferentes e inusitadas combinações de materiais. 

O que impressionou foi a metodologia de projeto que ela utilizou para chegar ao resultado. Entrevistas com os estudantes que iriam habitar o espaço, troca de desenhos e experiências que se tornaram a prancheta multiautoral que produziu este projeto único.



 "Este edifício trata-se de um marco arquitetural, uma “anarquia” inspirada por Kroll, com aparência fragmentada e improvisada. Com o trabalho e participação dos estudantes e da comunidade envolvida, este projeto produziu um desenho o qual foge de todo princípio convencional de arquitetura; desenvolvido e erguido após muitos desencontros entre as intenções das autoridades da universidade e os estudantes da mesma aos quais se destinava o projeto em questão, levando a uma escolha especial do arquiteto"2.


Outro aspecto que me chamou atenção neste projeto foi a coordenação modulação. Isto mesmo! O projeto apresenta a repetição da medida modular (10cm) e não de um material construtivo, o que lhe dá toda esta aparência caótica. Peguei esta imagem do MOM para mostrar isto mais claramente. Todas as esquadrias mostradas na direita se encaixam perfeitamente na modulação 9M x 12M do desenho da esquerda, o que prova que janelas de tamanhos iguais não precisam, necessariamente, serem iguais. E este foi só um exemplo simples, que pode abranger outras partes de qualquer edifício.

 


1 - o título do post está justificado aqui no 1º post do blog
2 - ALBRECHT, Clarissa Ferreira - LUCIEN KROLL: UMA ARQUITETURA DA COMPLEXIDADE

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"minha" rua sem saida

Moro em uma rua que não é minha. Definitivamente.


Várias pessoas a têm como sua, já que fazem uso efetivo do espaço público. A rua onde moro é sem saída e muito tranquila no bairro Buritis, cheia de crianças e cachorros que vivem brincando na pracinha que existe ali. A rua está lá a uns 20 anos e a praça deve ter cerca de um ano de idade, e sua construção mudou um pouco a vida por aqui. Não há um dia sequer que não se pode ouvir os latidos, as crianças e os gritos maternos “olha o carro”... e existem dias que a rua está parcialmente bloqueada com cones que dão uma certa tranquilidade às mães e segurança para as crianças.


É um orgulho morar ali, mesmo que eu (ainda) não aproveite a ocupação que a rua proporciona. Teve até um dia que os pais alugaram uma cama de pula-pula e o lugar mais parecia um parque de diversão, mesmo que possuindo apenas um brinquedo. Nesse dia a Mari me deixou em casa e ficou maravilhada com o pessoal brincando na rua como não se vê mais por aí. Meus amigos adoam falar que eu moro em uma cul-de-sac, e enchem a boca pra poder falar em francês: "cul-de-sac" e ver que as aulas de urbanismo podem ser mais verdadeiras e úteis do que se imagina.


Enfim, estou de férias e hoje é dia 1º de janeiro, e minha resolução de fim de ano é ir à rua, ou melhor: à praça.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Interpretando o Banquete

 Certamente ainda não sei como um banquete assim entrará no meu projeto, mas de qualquer forma,o "banquete" deve ser não o almoço em si, mas o sentimento de ocupar a rua como sendo uma extensão do espaço privado. Tenho um prédio de 16 andares e um lote vago para fazer isso.

 A rua onde o prédio está localizado, é a Rio de Janeiro, e o lote vago estacionamento adjacente está na esquina desta, com a Av. do Contorno e seus quase 10m de calçada













UPDATE: Quem diria... certa vez na USP um aluno apresentou o TFG de um jantar. Muito estranho este banquete. Ví aqui: Os maiores TFGs da FAU - Uma possível historiografia!!???

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Banquetes

 Terminei a pouco de ler o livro Banquetes. Não que ele fosse tão grande assim para eu o estar lendo desde o dia 18, mas não tive tempo de terminar antes por conta desse mundão de coisas que a gente tem que fazer no final de ano. Comprar presente, tomar umas cervas com os amigos (não que isto seja exclusivo do final de ano), participar de amigo oculto, namorar (não que isto seja exclusivo do final de ano também) e tantas outras coisas...
 O livro mostra a experiência dos autores em realizar cinco almoços em locais diversos da cidade. Locais públicos como um rua, diante de uma igreja onde acontecia (por acaso) um casamento; ou uma pracinha de bairro onde na esquina um pequeno abatedouro de galinha ajudou na produção; ou mesmo na calçada em frente a casa da autora, onde também por acaso estava se iniciando uma obra de reasfaltamento e também uma blitz da polícia em um grupo de jovens torcedores de futebol.
 Para mim, o mias impressionante do livro não foram os almoços em local público, e sim a interpretação desta dicotomia do publico/privado que é feita pelo uso tão expressivo dos espaços. Um simples almoço fez da calçada um lugar de todos, ao invés de um lugar de ninguém.
 Antes de mais nada o meu TFG não deixou de ser a Moradia Universitária para ser um grande e bem servido banquete. (risos)
Tive que voltar ao livro para extrair um trecho que representa um pouco isso.
"então, ao ocuparmos hoje esse espaço para realizamos os almoços, estaríamos retomando uma cidade do passado? Não, o que move é muito mais um desejo de tornar  vida melhor, dentro do que a cidade oferece, do que reviver ou tentar congelar um tempo que não existe mais" 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

18 de dezembro




Minhas aulas do 9º período de arquitetura haviam acabado na sexta passada. Estava enfim de féria e com poucas semanas para começar a projetar minha Moradia Universitária no Centro(1) me deparei com uma nova perspectiva que mudou um pouco bastante o que estava me propondo a fazer no próximo semestre.
Havia pego a correção do último capítulo da minha monografia, o capítulo "Conclusão" dois dias antes, e nela o professor comentou:

"(...) o TFG exige do aluno excelência em alguma área. Se você não tentar achar e definir um enfoque para essa proposta, corre o risco de desenvolver um projeto "sem caldo", deficiente: pode ficar parecendo uma "reforma". (...)"

Eu estava em apuros, pois não tive tempo para me dedicar ao capítulo final, e apesar de saber disso, sabia também que posteriormente teria que incrementá-lo, ou na verdade terminá-lo. O pior de tudo é que nem sabia qual seria este “caldo”
Foi aí, no ônibus, voltando da casa da minha namorada, Julia, que encontrei a solução. Eu estava lendo o livro Banquetes(2).

1- O tema do meu TFG é Moradia Universitária no Centro (de Belo Horizonte), e nele será desenvolvido um projeto de requalificação de uma edificação abandonada em umas das regiões mais degradadas do centro da capital. Aliado a isto, tenho um estacionamento do lado, que também será incorporado ao projeto, em forma de outra edificação ou algo que ainda vou descobrir.
2- Banquetes: expansões do doméstico. de Breno Silva e Louse Ganz - 2008