segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Interpretando o Banquete

 Certamente ainda não sei como um banquete assim entrará no meu projeto, mas de qualquer forma,o "banquete" deve ser não o almoço em si, mas o sentimento de ocupar a rua como sendo uma extensão do espaço privado. Tenho um prédio de 16 andares e um lote vago para fazer isso.

 A rua onde o prédio está localizado, é a Rio de Janeiro, e o lote vago estacionamento adjacente está na esquina desta, com a Av. do Contorno e seus quase 10m de calçada













UPDATE: Quem diria... certa vez na USP um aluno apresentou o TFG de um jantar. Muito estranho este banquete. Ví aqui: Os maiores TFGs da FAU - Uma possível historiografia!!???

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Banquetes

 Terminei a pouco de ler o livro Banquetes. Não que ele fosse tão grande assim para eu o estar lendo desde o dia 18, mas não tive tempo de terminar antes por conta desse mundão de coisas que a gente tem que fazer no final de ano. Comprar presente, tomar umas cervas com os amigos (não que isto seja exclusivo do final de ano), participar de amigo oculto, namorar (não que isto seja exclusivo do final de ano também) e tantas outras coisas...
 O livro mostra a experiência dos autores em realizar cinco almoços em locais diversos da cidade. Locais públicos como um rua, diante de uma igreja onde acontecia (por acaso) um casamento; ou uma pracinha de bairro onde na esquina um pequeno abatedouro de galinha ajudou na produção; ou mesmo na calçada em frente a casa da autora, onde também por acaso estava se iniciando uma obra de reasfaltamento e também uma blitz da polícia em um grupo de jovens torcedores de futebol.
 Para mim, o mias impressionante do livro não foram os almoços em local público, e sim a interpretação desta dicotomia do publico/privado que é feita pelo uso tão expressivo dos espaços. Um simples almoço fez da calçada um lugar de todos, ao invés de um lugar de ninguém.
 Antes de mais nada o meu TFG não deixou de ser a Moradia Universitária para ser um grande e bem servido banquete. (risos)
Tive que voltar ao livro para extrair um trecho que representa um pouco isso.
"então, ao ocuparmos hoje esse espaço para realizamos os almoços, estaríamos retomando uma cidade do passado? Não, o que move é muito mais um desejo de tornar  vida melhor, dentro do que a cidade oferece, do que reviver ou tentar congelar um tempo que não existe mais" 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

18 de dezembro




Minhas aulas do 9º período de arquitetura haviam acabado na sexta passada. Estava enfim de féria e com poucas semanas para começar a projetar minha Moradia Universitária no Centro(1) me deparei com uma nova perspectiva que mudou um pouco bastante o que estava me propondo a fazer no próximo semestre.
Havia pego a correção do último capítulo da minha monografia, o capítulo "Conclusão" dois dias antes, e nela o professor comentou:

"(...) o TFG exige do aluno excelência em alguma área. Se você não tentar achar e definir um enfoque para essa proposta, corre o risco de desenvolver um projeto "sem caldo", deficiente: pode ficar parecendo uma "reforma". (...)"

Eu estava em apuros, pois não tive tempo para me dedicar ao capítulo final, e apesar de saber disso, sabia também que posteriormente teria que incrementá-lo, ou na verdade terminá-lo. O pior de tudo é que nem sabia qual seria este “caldo”
Foi aí, no ônibus, voltando da casa da minha namorada, Julia, que encontrei a solução. Eu estava lendo o livro Banquetes(2).

1- O tema do meu TFG é Moradia Universitária no Centro (de Belo Horizonte), e nele será desenvolvido um projeto de requalificação de uma edificação abandonada em umas das regiões mais degradadas do centro da capital. Aliado a isto, tenho um estacionamento do lado, que também será incorporado ao projeto, em forma de outra edificação ou algo que ainda vou descobrir.
2- Banquetes: expansões do doméstico. de Breno Silva e Louse Ganz - 2008